sexta-feira, julho 30, 2004

Diálogos com Deus - As férias de Deus (II)

Copacabana já tinha sido bem aproveitada. O próximo destino era a FLIP (Festa Literária Internacional de Paraty), em Paraty, cidade onde anos atrás Jesus havia encharcado seus ladrilhos históricos com o resultado depurado de litros de cerveja.

Já na chegada, Maria foi correndo pegar um autógrafo de Alessandro Garcia, sentado em uma cadeira de praia na Praça da Matriz da cidade, enquanto Milton Hatoum ministrava uma oficina de Romance.

Na janta, Deus encontrou Paul Auster que estava a jantar com Chico Buarque e, da mesa onde estava sentado, por pouco não teve a impressão de ouvir um sussurro da mesa onde estavam sentados Milton Ribeiro, Cláudia Antonini e Stella van der Klugt dizendo “bobão!” à mesa do renomado cantor de música popular brasileira.

Jesus chegou atrasado dizendo que tinha ganho uns pilas por um “freela” jornalístico que fizera, mandando algumas informações por telefone ao Juremir Machado da Silva, que estava em Porto Alegre, pois não havia sido convidado para a FLIP.

Quando estavam quase de saída da última oficina, no último dia da FLIP, chamaram o “Hermeto Pascoal” para tirar o som de algumas folhas de papel. Esclarecido o engano – e já que Deus já estava no pequeno palco – pediram que declamasse uma poesia de sua autoria. Deus, mesmo um pouco encabulado – e contrariado – cedeu ao olhar amável e ao mesmo tempo incisivo que só Maria sabia fazer e soltou o verbo:

“- Batatinha quando nasce...”
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terça-feira, julho 27, 2004

Crônica do Crítico Literário

Comece dizendo que o autor foge do hiper-realismo. Que mantém uma escrita sóbria sem concessões ao coloquialismo excessivo.
Siga afirmando que não usa linguagem chula nem escatológica, tão comum em nossos dias que está prestes a formar uma nova corrente.
Diga que é um representante legítimo do ideário contemporâneo. Se escreve textos curtos, diga que são fortes porque concisos. Se os textos são longos, diga que são fortes porque se esmeram em detalhes.
Lembre o leitor que (não) há nuances de experimentalismo.
Se for um contista, diga que os contos de Fulano de Tal invadem a realidade, recriando-a num espelho de múltiplas faces.
Em caso de romances, afirme que nos textos do autor, o leitor é convidado a participar, quer seja pela ambigüidade intencional do discurso ou pelo “subtexto tramado com perícia”, acentuando que esses são “reflexos óbvios da prática do conto” (se o autor não for conhecido por seu trabalho como contista, suprima este trecho ou insinue que o mesmo tem um manancial de contos guardados em suas gavetas).
Se possível identifique algum cacófato e o enumere.
Refira que o autor usa (evita) doses maciças de humor, privilegiando o trocadilho, a metalinguagem e a paródia.
Para concluir, diga que o autor consegue com primor evitar filigranas e pirotecnias, usando adequadamente a força intrínseca das palavras. Termine com “O escritor Fulano de Tal mostra, assim, consciência de seus instrumentos de criação, mantendo a coerência durante toda sua obra”.
Na próxima crítica, ajuste o nome da obra e do autor, inverta a ordem de aparecimento das sentenças e dê uma enfeitada aqui e acolá com passagens da obra e pronto: mais uma crítica literária fresquinha estará saindo do forno!


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Não estranhem o simples "despejar" de textos aqui no Escrever Por Escrever, com um bom tanto de impessoalidade e de diálogo com meus 5 leitores (pegando a mania do Milton Ribeiro!). Ao contrário do que possa parecer - que estou sem tempo para escrever e que estou escrevendo pouco - estou escrevendo muito, em quantidade e densidade (pelo menos é o que por ora penso). Tais escritos e leituras que estes mesmos escritos me obrigam ter - afinal quero fundamentar minhas palavras sobre solo pétreo, mesmo que para tanto esmaeça um pouco a plena originalidade, - tem tomado muito do meu tempo.
As idéias fervilham e não posso deixar que um transatlântico carregado com elas passe à minha frente e eu fique, literalmente, a "ver navios"!
Assim, o Escrever Por Escrever será, na mesma freqüência de sempre, abastecido com alguns textos de minha autoria, algumas fotos tiradas aqui e acolá e um ou outro Diálogo com Deus. É claro, sempre que um novo amigo for feito com o "Dízimo Solidário - Não Seja 100, seja 110% - Manifesto Anti-Individualista", colocarei aqui também uma nota e as fotos.
A idéia de ING está tomando substância. Em breve, descrevo aqui com detalhes o que pode (e será) ser feito!
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quinta-feira, julho 22, 2004

Diálogos com Deus - As férias de Deus (I)

Pois lá estava ele, em Copacabana, estirado em sua cadeira de praia, óculos escuros e calção de banho vermelho, chapéu de palha e bebendo água de côco.
Maria havia saído para caminhar e Jesus jogava num fliperama ali perto.
Àquele momento, já o haviam confundido por mais de uma vez com o Hermeto Pascoal, e para evitar explicar toda história novamente, já estava até dando autógrafos em nome do multi-instrumentista.
Finda a água de côco, olhou de sobrolho para a direita e passou a admirar a bela vista que aquela praia carioca com suas “meninas do Rio” proporcionava. Já esboçava um pequeno sorriso em seus lábio e preparava um sonoro “fiu-fiu” quando percebeu que uma sombra se insinuava por sobre seus ombros. Era Maria. Havia segurado o assovio bem a tempo!
- Já não era sem tempo Maria! Estava sentindo sua falta!
- Ah é? Que amor, meu bijuzinho! Só você mesmo para ser assim tão descarado! Vai dizer que não estava olhando para o traseiro daquela morena ali adiante?
- Traseira? Morena? Onde?
- Que cara-de-pau!
(continua...)
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sábado, julho 17, 2004

Despertar

antigo gramophone.jpg




Quando as cores somem
Desaparecem como se nunca houvessem existido
Quando as luzes brilham
Mas não servem mais ao seu propósito

O vazio preenche todos espaços
Toma conta de tudo que resta
De tudo que sobrou, dos escombros
Agora em tons de cinza, escuro

Já não se ouvem passos, nem vozes
Somente um grito, surdo, ensurdecedor
Que me faz fechar os olhos
E ver coisas até então sem sentido
A distância agora consigo medir
Ela existe, e assusta
Tenho medo de não mais voltar
De não escolher o caminho certo

Sinto cheiro de café
E sinto necessidade de acordar
Deste sonho, que é uma vida
E viver, esta vida - que é realidade.
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terça-feira, julho 13, 2004

Colocando as mãos na massa

Não adianta ter uma idéia e mantê-la guardada na gaveta, não acham?

Pois então, hoje tirei a tarde para iniciar meu projeto pessoal do Dízimo Solidário, descrito ali embaixo no Manifesto Anti-Individualista (ou Anti-Individualismo como quer meu amigo César).

Em primeiro lugar, fui na Escola Antônio Francisco Lisboa, aqui em Santa Maria. Havia lido no jornal uma reportagem sobre o fato de utilizarem na escola um programa de computador que imprime da tela do computador textos em braile, com uma impressora especial. O problema é que falta verba para comprar os formulários de papel especial, mais grossos que o usual, para a impressão.

Fui gentilmente levado pela Ana Paula para conhecer as dependências da Escola, muito bem estruturada apesar da carência de verba que estas instituições apresentam neste país - resultado da boa vontade dos que lá trabalha, com toda certeza.

Conheci a professora Marli Terezinha Schmitt, que estava a ensinar a aluna Adriana, de 19 anos em uma sala específica. Ambas com deficiência visual - professora e aluna - mostravam grande disposição em me ajudar a conhecer aquele ambiente.

Adriana.jpg
Adriana, concentrada estudando suas lições

Prontamente solícita, a professora me apresentou a impressora que faz a façanha de imprimir em braile textos previamente passados para o computador.

maquina braile.jpg
Impressora em braile (um pouco fora de foco)

Obviamente fiquei sensibilizado com a situação e minha vontade de ajudar só aumentou.
Fiquei de comprar 1500 folhas para auxiliar a Escola a seguir seu especial trabalho.
Saí de lá feliz da vida, rumo ao meu próximo destino: a casa de Rodrigo, o menino deficiente visual que superando todas as dificuldades, passou no vestibular para Letras Espanhol na Universidade Federal de Santa Maria, façanha que muitas pessoas sem suas restrições não alcançam.

Achar a casa de Rodrigo foi uma lenda: ele mora na periferia da cidade, em um conjunto habitacional de difícil acesso, em uma casa bastante humilde.

Uma faixa em frente a casa mostra todo o orgulho da família:

Faixa do Rodrigo.jpg

Na chegada sou recebido pelo tio e pelo avô de Rodrigo, que me diz que o mesmo encontra-se ansioso pela minha espera (havia combinado minha vinda por telefone na semana anterior).

Ao entrar na casa quem me recebe é Rodrigo ao lado de sua avó, que também é sua mãe, já que Rodrigo perdeu sua mãe biológica bastante cedo, em um acidente.

Me apresento e lhe entrego o gravador, pelo qual Rodrigo agradece efusivamente, certo de que lhe será útil durante sua faculdade.

Rodrigo.jpg
Este que vos escreve ao lado de Rodrigo com seu livro em braile e seu novo gravador portátil

Atendendo ao pedido de sua avó, Rodrigo leu para mim um livro de Espanhol em braile que havia ganho do Cipel, cursinho local que lhe ajudou nos estudos pré-vestibulares.

Depois de lhe desejar muito sucesso nesta nova batalha que começa (Rodrigo ainda está na luta para conseguir transporte para a UFSM, já que seu curso é noturno) no próximo mês, fui embora, certo de que ainda nos veremos em muitas ocasiões.

Na volta para casa, parecia estar flutuando, tamanha satisfação e felicidade que tomaram conta de mim.

No princípio, ainda pensava nas coisas que estaria deixando de adquirir ao fazer estas doações. Pensava nas minhas lentes fotográficas e também nos filtros para as mesmas, que ainda não tenho. Pensava na troca de meu carro, na aquisição de minha casa própria, que está tão distante. Pensava em roupas e sapatos novos e, quem sabe, alguns DVDs a mais.

Agora, estou pleno de certeza de que, realmente, estas coisas podem esperar e que existem planos da realidade que necessitam de atenção mais urgente do que minha vaidade ou desejo de consumo.

Que siga o baile! Vou dançando sem parar esta nova música que meus ouvidos finalmente conseguiram compreender.

E nesta noite, meu sono será diferente, assim como meu sonhar. Se eu invadir seus sonhos, hoje ou amanhã, dando petelecos na sua consciência, não estranhe. Foi assim que começou comigo: aos poucos, como quem não quer nada...


A propósito: àqueles que por aqui chegaram e são novos, leiam o Manifesto Anti-Individualista. Aos que são recentes e estranham minha demora de 4, 5 ou 6 dias entre um pôust e outro, queiram ter a gentileza de lerem pôusts antigos. Muitos deles não perdem a validade com o tempo! Vale a pena fuçar!
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quinta-feira, julho 08, 2004

Diálogos com Deus - Deus e o pagode

Abriu uma casa de samba nova na Vila Celestial do Andaraí chamada Sobradinho. E lá foram Deus e Maria, como "zeladores da vizinhança", conferir a novidade. Já na chegada, encontraram seu Aristides, maior fofoqueiro desta e de todas paróquias e contratado como host da festa.
- Óóóóóólha só quem vem chegando! Ilustríssimo senhor Deus e sua graciosa esposa! Sejam bem-vindos!
Deus resignado acenou com a cabeça. Coube à Maria a parte diplomática:
- Muito obrigado seu Aristides. Será que ainda conseguimos um lugar sentados?
- Sentados? Mas não vão requebrar este esqueleto enferrujado?
Deus levanta um olhar furioso e puxa Maria para dentro do estabelecimento. Seu Alcides segue com seu trabalho sem aperceber-se da ânsia que causou.
Lá vem chegando Maria Clara de mãos dadas com Laura, sócias-gerentes da casa e amicíssimas, por sinal:
- Sejam bem-vindos senhor Deus e dona Maria! Temos um lugar especial reservado para vocês! – e foram levados para uma mesa no canto do salão.
À Maria coube um lugar com boa visibilidade do palco, mas Deus ficou exatamente atrás de uma pilastra, ao que indagou, indignado:
- Vou ficar sentado aqui? E como vou ver o show?
- Mas o senhor não é aquele que tudo vê, tudo sabe e tudo o mais? Achamos que não iria se importar, levando em conta seus superpoderes...
- Grrrrr – “Não é o meu dia” – pensou.
Depois de cerca de duas horas de espera, finalmente o primeiro “xô” da “náite”: um grupo de pagode da periferia chamado “Os Travesseiros”.
Em cima do palco, um grupo de 5 manos armados de pandeiro e cavaquinho eram comandados por um mano de cabelo loiro e viseira de praia verde-limão, que cantava “laia-laiá” até não poder mais.
Ao fim da primeira música, a impaciência divina já era notada, pois raios e trovões relampejavam e tronitroavam fora do Sobradinho.
Mas a paciência acabou mesmo quando entrou o segundo grupo, um tal de SERASA, SPC, ou algo assim. Ao sentir que mais um laia-laiá estava para começar, não deu outra:
- Maria, se sairmos daqui te dou aquele microondas novo com douador que você tanto quer...
- Fechado! Já não era sem tempo!
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quinta-feira, julho 01, 2004

Manifesto Anti-Individualista / Hoje é meu Aniversário.

Manifesto Anti-Individualista

Rafael Luiz Reinehr

Certo dia me dei conta de que já tinha praticamente tudo que um homem precisa para ser feliz: uma família sempre pronta a dar suporte no que precisasse, uma namorada que me amava, um trabalho do qual realmente gostava, várias habilidades artísticas em campos diversos (música, pintura, literatura, cinema, fotografia) adquiridas com o passar do tempo, uma inteligência boa o suficiente para compreender ao menos rusticamente o mundo à minha volta e capaz de me fazer um permanente questionador e um padrão de vida que, comparado à boa parte da população de meu país pode ser considerado “confortável”.
É certo que ainda haviam muitas coisas a conquistar, como minha casa própria, um estado de consciência mais espiritualizado e menos materialista e mais tolerância com meus semelhantes. Mas estava caminhando nesta direção.
Achei que já era hora de parar de construir somente a meu favor. Não consigo precisar exatamente a data mas, desde meus vinte e poucos anos (pode ter sido antes) passei a viver com a exata noção de que poderia fazer a diferença no mundo em que vivia. Sabia que muitos teimavam em afirmar que isso era “coisa de jovem” e “passava com o tempo”. Saí de um estado de anestesia e tratei de aprimorar meus conhecimentos, habilidades e capacidades nos mais diversos ramos do conhecimento humano, sempre em mente com o objetivo de me armar com as ferramentas capazes de, algum dia, produzir a diferença que eu tanto sonhava para o mundo.
Assim, além de voltar minhas leituras para escritos filosóficos, políticos, sociológicos e antropológicos, além de romances assim chamados “densos”, passei a freqüentar, após a conclusão da Faculdade de Medicina, as aulas da Faculdade de Filosofia e posteriormente as da faculdade de Ciências Sociais de minha cidade.
Muitas reflexões advindas desta época me auxiliaram a abrir meus olhos e expandir meus sentidos para melhor perceber o mundo que me rodeava e suas singularidades explícitas e ocultas.
Sofrimento com doenças e desilusões amorosas foram enriquecedores. Contatos com novos amigos e suas idéias foram revigorantes. Uma estada na Inglaterra foi um sopro pleno de luz em meu caminho. A descoberta de um novo amor foi estimulante.
A consciência de crises vitais como pontes que necessariamente precisamos atravessar deixou de ser angustiante e passou a ser reconfortante e, assim como no expressionismo as formas e perspectivas normais foram distorcidas pelas emoções íntimas e me senti no controle destes momentos de descontrole. Passei a dominar o caos.

Um dia, aparentemente igual a todos os outros, me deparei com um jornal de uma semana antes com uma reportagem na última página que havia passado por mim desapercebida. Contava a história de um menino cego de origem humilde que, com muito esforço, havia conseguido passar no vestibular para Letras em uma Universidade Federal. A batalha agora era conseguir um gravador para que o jovem pudesse acompanhar adequadamente as aulas na faculdade, já que seria difícil encontrar livros em Braile das matérias exigidas.
Pensei que seria uma causa justa ajudar e me propus a doar o gravador ao menino.
Este ato gerou, como sua conseqüência quase que imediata, a decisão de, a partir daquele dia, doar 10% de todos meus vencimentos a pessoas ou entidades necessitadas. Não sei se influenciado pela leitura de Memórias do Subsolo de Dostoievski mas certamente sem desprezar os Tio Patinhas que sempre lia na infância, muitos foram os estímulos em minha vida para que pudesse hoje chegar a esta decisão.
Sem querer, acabei criando o que vou chamar de ING – Indivíduo Não-Governamental, em contraposição às ONGs – Organizações Não-Governamentais. Extremamente fácil de gerir, sem custos de administração ou distribuição, totalmente vinculada ao meu próprio bom-senso, juízo crítico e vontade de ajudar. A maior vantagem seria que a fonte beneficente lidaria diretamente com a beneficiada, sem intermediários que oneram, atrasam ou desviam a ajuda oferecida. E, no momento em que não pudesse arcar com os custos, poderia simplesmente suspender temporariamente minha ajuda.
Pode-se dizer que, contemporaneamente, nossas ONGs são formadas por pequenas INGs, que oferecem seu tempo como auxílio ao próximo. Muito louvável, mas ainda insuficiente!
Felizmente, estamos também desenvolvendo a idéia de Empresas Ecológica e Socialmente Responsáveis, que se preocupam com o meio-ambiente e com o patrocínio de projetos sociais nos mais diversos níveis e frentes. Continuemos neste caminho!
A tarefa somente começou. Após esta decisão pessoal, tratarei de divulgá-la e tentar contagiar o maior número possível de profissionais liberais e autônomos e principalmente de empresas que ainda não aderiram a projetos de Responsabilidade Social.
Se você é sensível à causa, passe a ajudar com o que puder. Se ganha R$ 200,00 por mês e fuma 1 maço de cigarros por dia, tente fumar apenas 15 e colabore com apenas 1% de seus vencimentos, comprando R$ 2,00 em um pacote de brinquedinhos de plástico no 1,99 e doando a uma creche perto da sua casa (pode ser até aquela em que seu filho fica!). Se sua empresa ganha R$ 1.000.000,00 por mês e você acha que doar R$ 100.000,00 todo santo mês é demais, pense então em doar apenas 1% como propus ao cidadão que não tem nem com quê limpar o c´... R$ 10.000,00 não farão falta, no seu caso, mas farão uma diferença enorme àqueles a quem te propuseres a ajudar. Essa proposta vale para bares, restaurantes, butiques e lojas de shoppings ou pequenos comércios da periferia, casas de prostituição e para todos que se sentirem bem ou aptos a ajudar.
Mesmo que faças esta caridade pensando no imenso retorno emocional que sua ajuda vai lhe trazer, não se importe! O importante é que, mesmo neste caso, é só benefício que estamos proporcionando! Seu ato de bondade será recompensado com outro de gratidão inigualável. Segue-se daí a famosa “corrente do bem”, que funciona excepcionalmente em pequenas comunidades mas dificilmente conseguimos ampliar para um cosmos maior como um país ou mesmo todo o mundo.
Em tempos onde a guerra preventiva encontra-se insanamente justificada, temos que urgentemente encontrar alternativas. Esta é a que ofereço.
A todos aqueles a quem este Manifesto chegar às mãos, peço que entrem em contato através do e-mail superjazz7@terra.com.br, do site Simplicíssimo(www.simplicissimo.com.br), do blógue Escrever Por Escrever(escreverporescrever.blogs.sapo.pt) ou do endereço Avenida Concórdia, nº 1253, Centro, CEP 96540 000, Agudo – RS, Brasil. Novas e mais idéias são sempre bem-vindas!
Tão prontamente o sítio Armazém de Idéias Ideais (www.armazemdeideias.org) ficar pronto, teremos um belo espaço para cadastrar todas INGs afins com a idéia, divulgar os benefícios gerados e também manter um fórum para debater sobre novos projetos para melhorar a vida humana sobre esta nossa fabulosa Nau Planetária.

(RLR, Santa Maria, 24 de junho de 2004)




Não seja 100, seja 110%! – Campanha pelo Dízimo Solidário

Conclamação a todas as pessoas do bem a doarem integralmente de 1 a 10% de seus vencimentos para entidades assistenciais, pessoas carentes ou com deficiências e entidades artísticas e culturais necessitadas.

Hoje, 1º de julho, é o dia do meu Aniversário. 28 anos. Muitos estímulos, muitos significados. Agradeço a todos (e a tudo) que me fez quem sou hoje, este ser imperfeito que incansavelmente busca sempre melhorar. É o mínimo que podemos fazer. Do meu ponto de vista.
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